terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Respeito pela Vida

RESPEITO PELA VIDA

Dom Fernando Arêas Rifan*

A Campanha da Fraternidade – “Fraternidade e Saúde Pública” – “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8), conduz à reflexão sobre um dom de Deus, condição básica para a saúde: a vida, e sobre a privação voluntária dela, entre outras, o aborto provocado.

Que o aborto é algo ruim, nós o sabemos. Que o aborto provocado seja um atentado à vida humana, um assassinato intrauterino, a própria ciência o diz, quando constata que o feto, o ser humano em gestação ainda não nascido, é um ser humano diferente dos pais que o geraram: seus cromossomos celulares o atestam. A ciência também constata que ele é um ser humano com todas as suas características essenciais, ao qual apenas falta o desenvolvimento.

Uma questão que surge é o caso dos fetos anencefálicos, ou seja, os fetos portadores de anencefalia ou malformação cerebral, que, por isso, podem não chegar ao fim da gestação ou sobreviverão pouco tempo fora do útero. Está para ser julgado no Supremo Tribunal Federal o direito do aborto desses fetos. Dizem os favoráveis a esse tipo de aborto que o anencélafo já estaria morto, que ele seria um risco de morte para a mãe e que seria uma tortura imposta a ela pelo Estado negar o direito ao aborto.

A ginecologista e obstetra Doutora Elizabeth Kipman Cerqueira, diretora de Bioética do CIEB do Hospital São Francisco de Jacareí, SP, em interessante artigo publicado pelo Globo (21/2/2012), rebate essas objeções.

Ter malformação cerebral não significa que esteja morto, tanto assim que viverá, ainda que pouco tempo após nascer. Afinal, “o tempo provável de vida determina o valor do ser humano?”. “Nas audiências no STF, foi apresentada devida documentação de que este argumento contraria o próprio protocolo de definição de morte cerebral para recém-nascidos e que inexiste técnica que preencha as exigências legais para comprovar morte cerebral de um feto vivo em gestação, nem mesmo o registro de eletroencefalograma”.

A outra tentativa dos favoráveis, “o risco de morte materna, para enquadrar este aborto na exceção em que não se pune o procedimento em caso de risco materno”, é assim refutada pela Doutora Elizabeth: “argumento não concorde com a obstetrícia clássica. Os riscos físicos e para o futuro obstétrico da mãe são menores se houver espera do desenlace natural da gestação, com o acompanhamento médico. O aborto provocado em qualquer mês gestacional traz riscos não divulgados”. Ou seja, esperar o tempo normal é menos arriscado do que abortar.

O terceiro argumento, “tortura imposta à mãe pelo Estado ao negar o direito ao aborto”, é uma “tentativa de igualar a situação à gestação resultante de estupro. Embora, diante da tristeza ao saber do diagnóstico, a reação inicial possa ser de abreviar a gestação, já que o problema é insolúvel, diferentes correntes de psicologia discordam: há maior probabilidade de arrependimento e depressão consequente ao aborto provocado onde a mãe decide a morte de seu filho do que entre mães que acompanham seus filhos até sua morte natural”.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal

São João Maria Vianney

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012



A QUARESMA

Dom Fernando Arêas Rifan*

Nesta quarta-feira de Cinzas, começa a Quaresma, durante a qual também se faz a Campanha da Fraternidade. O tema proposto deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38,8), tendo como objetivo geral “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos”.
Mas a Igreja não é uma entidade apenas ou simplesmente filantrópica. Ela vai muito além do corpo e da visão terrestre. Em sua mensagem para a Quaresma deste ano, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, ressalta o caráter espiritual deste tempo litúrgico: “A Quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito, este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal”.
O Papa, citando a epístola aos Hebreus (10, 22-25), nos exorta a uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: “trata-se de nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservarmos firmemente a profissão da nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras”. Bento XVI recorda “três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal”.
Primeiro, a responsabilidade pelo irmão: o convite a voltar a atenção ao outro, “a começar por Jesus... O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus... Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão... A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é ‘bom e faz o bem’ (Sal 119/118, 68)... O fato de ‘prestar atenção’ ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual... De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos”.
A reciprocidade: “o fato de sermos o ‘guarda’ dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de considera-la na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual”.
A santidade: “a atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior... à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus”.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney

Carnaval

O CARNAVAL

Dom Fernando Arêas Rifan*

Estamos próximos do Carnaval, atualmente uma festa totalmente profana e nada edificante. Ao lado de desfiles deslumbrantes das escolas de samba, com todo o seu requinte, riqueza de detalhes, fantasias fascinantes, desperdício de dinheiro, exposição de luxo, vaidade e também despudor, presencia-se paralelamente uma verdadeira bacanal de orgias e festas mundanas, cheias de licenciosidade, onde se pensa que tudo é permitido. Nesses dias, a moral vem abaixo: até as pessoas mais sérias se mostram debochadas, a imoralidade e a libertinagem campeiam, a pureza perece e a tranquilidade desaparece. Infelizmente, há muito tempo que o Carnaval deixou de ser apenas um folguedo popular, uma festa quase inocente, uma brincadeira de rua, uma diversão até certo ponto sadia.
Segundo uma teoria, a origem da palavra “carnaval” vem do latim “carne vale”, “adeus à carne”, pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne, por penitência. Daí que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, comendo carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã. Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, o acaba abafando e profanando. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, que fica prejudicado, esquecido e profanado.
A grande festa cristã é a festa da Páscoa, antecedida imediatamente pela Semana Santa, para a qual se prepara com a Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas, sinal de penitência. Por isso, é a data da Páscoa que regula a data do Carnaval, que precede a Quarta-Feira de Cinzas, caindo sempre este 47 dias antes da Páscoa.
Devido à devassidão que acontecem nesses dias de folia, os cristãos mais conscientes preferem se retirar do tumulto e se entregar ao recolhimento e à oração. É o que se chama “retiro de Carnaval”, altamente aconselhável para quem quer se afastar do barulho e se dedicar um pouco a refletir no único necessário, a salvação eterna. É tempo de se pensar em Deus, na própria alma, na missão de cada um, na necessidade de estar bem com Deus e com a própria consciência. “O barulho não faz bem e o bem não faz barulho”, dizia São Francisco de Sales.
Já nos advertia São Paulo: “Não vos conformeis com esse século” (Rm 12,2); “Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, a glória deles está no que é vergonhoso, apreciam só as coisas terrenas” (Fl 3, 18-19); “Os que se servem deste mundo, não se detenham nele, pois a figura deste mundo passa” (cf. 1 Cor 7, 31).
Passemos, pois, este tempo na tranquilidade do lar, em algum lugar mais calmo ou, melhor ainda, participando de algum retiro espiritual. Bom descanso e recolhimento para todos!


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dia do Enfermo

DIA MUNDIAL DO ENFERMO

Dom Fernando Arêas Rifan*

No dia 11 de fevereiro, sábado próximo, festa de Nossa Senhora de Lourdes, se comemora também o Dia Mundial do Enfermo. A mensagem especial do Santo Padre para este 20º Dia Mundial do Enfermo, que tem como tema “Levanta-te e vai; tua fé te salvou!” (Lc 17,19), olha também para o próximo “Ano da fé”: “Desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos locais de reabilitação e são acolhidos nas famílias, exprimindo a cada um a solicitude e afeto de toda a Igreja. Na acolhida generosa e amorosa de toda vida humana, sobretudo daquela fraca e doente, o cristão exprime um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, a exemplo de Cristo, que se inclinou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-lo”.

Além de ressaltar a figura do Bom Samaritano (Lc 10, 29-37), o Papa recorda que “o encontro de Jesus com os dez leprosos (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: ‘Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!’ (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de fato, no seu Filho, não nos abandona em nossas angústias e sofrimentos, mas nos é próximo, nos ajuda a leva-los e deseja curar no íntimo o nosso coração (Mc 2, 1-12)”.

O Papa aproveita para frisar que “o binômio entre saúde física e a cura das feridas da alma nos ajuda a compreender melhor os Sacramentos da cura”, ou seja, a Penitência e a Unção dos Enfermos, que alcançam seu natural cumprimento na Comunhão Eucarística. “A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (Is 61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos seus discípulos (Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13)”.Quem, no próprio sofrimento e doença, invoca o Senhor está certo de que o Seu Amor não nos abandona nunca, e de que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem na sua integralidade de alma e corpo representa para o Senhor. Todo Sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo. A unidade entre criação e redenção se torna visíveis. Os Sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro”. Por isso, o momento do sofrimento ao invés de ser motivo de desespero, pode “transformar-se em tempo de graça para voltar-se para si mesmo, repensar a própria vida e nos próprios erros, como o filho pródigo”. “A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho”.

*Bispo da Administração Apostólica Pessoal

São João Maria Vianney

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012



ESCATOLOGIA, PEQUENAS NOÇÕES

Erick Ramon



A Escatologia é o estudo sobre os últimos acontecimentos. A palavra vem do grego eschatón, que significa último. Este estudo tem por objeto o fim da história da salvação. Sem esta noção não podemos compreender a própria vida da Igreja.

Por que afirmamos isso? Simples. A finalidade da Igreja só será plenamente realizada na eternidade, ou seja, descoberta de forma cabal no fim da história da salvação. O Concílio Vaticano II afirma: “É no fim dos tempos que será gloriosamente consumada [a Igreja], quando, segundo se lê nos Santos Padres, todos os justos, desde Adão, do justo Abel até o último eleito, serão congregados junto ao Pai na Igreja universal” (LG,2). “A Igreja à qual somos todos chamados em Jesus Cristo... só será consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas; e, como o gênero humano, também o mundo inteiro, que está intimamente unido ao homem e por ele atinge o seu fim, será totalmente renovado em Cristo” (LG,48). Muitas passagens bíblicas comprovam isso. Quando de sua vinda gloriosa, Cristo inaugurará o seu Reino definitivo e toda a criação será renovada.
1Cor 15,24-28 ;Ef 1,10; Col 1,20 s; 2Pe 3,10-13;Is 65; Ap 21,1; Mt 19; Mt 28,20; At 3,21; 1Jo 3,2; Fil 3,20.

Nós, que somos Igreja, devemos ter esta consciência: somos peregrinos neste mundo. Estamos exilados, como diz São Paulo em II Cor 5,6 e Fil 1,23. Não é à toa que paróquia significa terra de exílio.

Entretanto, na Igreja temos a antecipação desta eternidade celestial. A Eucaristia é exatamente isto: o maior tesouro que Jesus Cristo deixou para nós. Na verdade, este tesouro nada mais é do que o próprio Deus! Por isso dizemos, sem sombra de dúvidas ou incertezas que, no momento que comungamos o Cristo Eucarístico estamos experimentando um pedacinho do céu.

Por fim, para terminarmos esta breve explanação sobre noções escatológicas, devemos entender quais são os últimos passos do homem... Céu, Inferno, Purgatório, Limbo? O que cada um destes conceitos significa? Vejamos resumidamente neste pequeno quadro explicativo:

LIMBO: A criança não-batizada só tem o pecado original, que é de herança (Rm 5,19). Como Jesus disse que às crianças pertence o Céu (Mt 18,3; Lc 16,22), os teólogos católicos acreditam que exista um limbo para essas almas. Se após o fim do mundo Deus as receber, só cabe a Ele decidir. Este limbo, entretanto, é uma construção teológica. Outros teólogos acreditam que a criança não-batizada teria "seu" pecado original extirpado no purgatório, pois além de ser um pecado de herança, não é mortal (com pleno consentimento e com matéria grave). Sobre este tema, enviei um e-mail para D.Estêvão Bettencourt e sua resposta foi providencial: "A ressurreição de Jesus possibilitou aos justos do AT entrar na bem-aventurança celeste. O limbo dos pais acaba nesse momento. Quanto ao limbo das crianças que morrem sem batismo, não é doutrina de fé. É lícito dizer que Deus lhes dá a purificação necessária para entrarem no Céu pois o pecado original na criança não é uma culpa nem é um pecado propriamente dito, mas é a carência dos dons paradisíacos que os primeiros pais perderam. Essa carência pode ser perfeitamente suprida pela misericórdia divina de modo a dar à criancinha a bem-aventurança celeste."

CÉU E INFERNO: Jesus cita o Inferno (Mc 9,42-47; 3,29-30; Mt 12,32; Lc 16,25-26; Mt 25,11-12; Mt 25,41; 22,13;10,29; Jo 5,29) várias vezes. O Inferno não é uma imposição de Deus, mas uma escolha livre do homem, que não quer estar com JAVÉ. Nós é que insistimos em justificar o mau uso de nossa liberdade e depois apelar para o argumento de que um Pai nunca poderá nos condenar para sempre. Deus não é objeto de conforto e de utilidade para ninguém. Ou aceitamos o amor de Deus ou rejeitamos esse amor com suas conseqüências: I Cor 15,19 e Mc 9,42s; Mc 3,29s; Mt 12,32; Lc 16,25-26; Mt 25,11-12; Mt 25,41; Mt 22,13; Jo 5,29; Mt 10,29. Ler Mt 25,41s. SETE CÉUS: II Cor 12,1s. Sobre este tema (sete céus) saiba mais clicando aqui.

PURGATÓRIO: Se a pessoa morre ainda com pecados leves, mas não é realmente má, existe o sacrifício do purgatório, sendo considerado a ante-câmara do Céu. Em Mt 12,32 vemos que existem pecados que podem ser perdoados após a morte; em Mt 18,34-35; Mt 5,25-26; I Cor 3,11-15; II Mc12,46 o perdão das faltas acontecerá, mas com oração e sacrifício, espiritualmente falando. A missa de 7o dia existe para amenizar este sofrimento, como em II Mc 12,43-46. É a purgação dos pecados de uma alma voltada para Deus antes de entrar no Céu.
O juízo particular é aquele após a morte, onde a alma será julgada para entrar no céu, no inferno ou no purgatório como Eclo 11,28; 2 Cor 5,1-10; Hb 9,27 (inclusive rechaça a reencarnação); Lc 16,19-22. Confira isso em Lc 23,42 e Mt 17,1s. O juízo final acontece com o fim do mundo, onde os julgados para o céu (vivos) receberão um corpo glorificado (sem limitação do espaço e do tempo, sem fome ou sede) para a felicidade eterna e os que foram julgados para o inferno receberão o corpo para a morte eterna.